sexta-feira, 29 de abril de 2011

E eu só queria dizer...


" (...) e eu só queria dizer que, além de tudo, você é meu amigo e eu gosto muito de você. Ao contrário do que você pode pensar, eu não desejo que vocês briguem ou que cáia um raio na cabeça da sua namorada, porque eu sei que ela te deixa feliz. Eu acho que estou apaixonada por você, mas ao mesmo tempo eu o adoro e se ela te faz bem.. espero que vocês sejam felizes. Eu jamais lhe desejaria mal.
Eu sei que há uma probabilidade gigantesca de você nem responder (o que acho mais porvável), ou simplesmente dizer um frio 'obrigado', mas eu precisava dizer isso. Mesmo que fizesse meu coração e alma em pedaços."
Estou com meu coração e alma em pedaços. 



A Criança Solitária

 
  Alheia às outras crianças da escola, que se divertiam futilmente em seus grupinhos fehados, havia uma menina triste que passava todos os recreios solitária entre as pilastras. Os outros dela riam e caçoavam todos os dias, porém talvez nenhum deles [nem juntos] fosse metade do que aquela menina era. Havia uma luz escura pairando sobre sua cabeça, era a única ali que poderia ver além do óbvio, que possuía o dom de enxergar sentimentos, de decifrar significados ocultos em palavras, simples palavras. Ela era uma das poucas no mundo que perceberia as milhares de dores escondidas em uma resposta ou notar o brilho de uma pequena borboleta absorta na paisagem. E o único motivo para esta criança ser tão sozinha, era porque ela era especial demais para estar com os outros.

Eu, que enxergo o mesmo mundo escondido que ela, descrevi assim esta criança. O nome dela?
Ela se chamava Mayara Priscila, e  
era ela quem sempre enxergava flores nas minhas palavras.

Lágrima

"Segurou nas mãos o coração, como ele pesava!
Prendeu nele a dor, mas ela escapou pelos olhos..."

Se Fosses Meu

"Se fosses meu, alvoreceres que por hora distingo em nuances macilentas
Cobrir-se-iam de cor-de-rosa e amarelado como em quimera
E qualquer árido tornar-se-ia repleno de formosas flores, de belas tonalidades"

Tudo o que eu queria era você


 Talvez nunca venhas a tomar conhecimento de tudo que eu já senti ou pranteei em teu nome, pois eu jamais lhe diria explicitamente. Mas tudo isto está me consumindo por agora, e, de alguma forma, escrever tudo aqui nest blogger é terapêutico para mim. É como se estivesse dizendo tudo a ti, mesmo sabendo que não estou. Para início de "conversa" quero que lembre-se de todo o tempo em que ao teu lado eu estive, consolando tuas lágrimas e lhe fazendo companhia todos os dias, depois recorde-se de o quão minhas palavras sempre foram gráceis e carinhosas para contigo, eu sempre tentei agradá-lo e fingir que estavas sempre correto, mesmo que me humilhasse à pontos baixíssimos pra isso. Eu apenas queria mantê-lo por perto e ter o teu carinho ou afeição. Mas como diz Sarah Brightam: "Mas eu não sou uma rainha e ele não me vê.", sim, ele não me vê. Ou se vê, extrema questão faz de manter-se distante e gélido como uma noite invernal. Meu Príncipe Enregelado de qualidades mil, o quão eu te admiro! Por tua beleza, inteligência, personalidade, estilo e vários outros fatores que não são de importância citar..   O que eu não daria para poder chamar-lhe por meu? O que eu não daria?
Mas você nunca vai gostar de mim =/ 

"Olhe em meus olhos,
você está me matando, me matando.
Tudo o que eu queria era você."
[30 Seconds To Mars] 
 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Se o tempo fosse comercializável

1 " Se o tempo fosse comercializável, eu pagaria uma verdadeira fortuna só para ter de volta aqueles dias alegres em que conversávamos durante horas entretidos e não havia incertezas nem tão pouco frialdades entre nós, em que você apreciava a minha companhia e se importava comigo... Hoje, acho que se eu desaparecesse para sempre misteriosamente, talvez nem chegasses a notar minha ausência."

2 " Se o tempo fosse comercializável, eu aceitaria qualquer preço para regressar e expor-lhe todos os meus verdadeiros sentires. Assim quem sabe, ao voltar ao presente, não fosse um árido de solidão o que eu encontrasse sobre os meus pés e à minha volta."

A minha inspiração ? Não sei dizer se ela voa longínqua como um pássaro que escapa da gaiola ou se esconde-se em algum lugar de mim que nem mesmo eu tenho a chave.. Apenas percebo que a perdi. As palavras não me fluem, os dias passam sem me tocar, não acordo, não durmo, estou vivendo em nulo, nem o meu interior mais eu sei como definir.. Os sentimentos, são tantos que eu nem sei quais! Eu vejo o vazio, o vazio... e a solidão a me abraçar como uma capa de chuva...

Promete que não vai se esquecer de mim?


Onde você estiver, não se esqueça de mim
Quando você se lembrar não se esqueça que eu
Que eu não consigo apagar você da minha vida
Eu quero apenas estar no seu pensamento
 Por um momento pensar que você pensa em mim "
[Roberto Carlos] 
 

Thinking of You

" Tento ocupar minha mente com várias outras coisas, mas é como se eu estivesse alheia até a mim mesma: é só eu parar um minuto e já sei que estou pensando em você. Pra falar a verdade, eu apenas estive forçando outros pensamentos, todo o tempo eu estive pensando em você. "

As suas palavras, o seu jeito de conduzir as coisas, a lembrança do seu olhar frio, você está me consumindo! Eu o quero, eu o quero, eu o quero... desesperadamente.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Beleza de Narciso -My Words To Nagel

 A lenda de Narciso, grego arruinado pelo próprio semblante, conta sobre um homem fascinado pelo próprio rosto a tal ponto de jamais conseguir para de admirá-lo. Por algum motivo, não sei ao certo qual [talvez pela beleza eminente..] atribuo sempre a imagem de Narciso a lembrança do meu querido amigo Nagel. Porém, para com Nagel, a lenda se modifica deveras: Nagel é um ser de deslumbrante beleza; olhos da nuance do mar em calmaria, cabelos brilhantes como o sol, pele perfeita e claríssima, traços meigos e europeuss.. praticamente um elfo, uma veela ou qualquer outra criatura nórdica de formosura aparente e ariana. Em outras palavras, meu amigo é um modelo de tão bonito. Mas, em contrariedade a de Narciso, a "lenda" de Nagel fala sobre um menino cego, pois era o único que não enxergava sua real beleza. Sim, apesar da face perfeita que Deus lhe deu, Nagel ainda assim refere a si mesmo como alguém sem atrativos. Blasfêmia.
   Metáforas e comparações à parte, foi num lugar inusitado com pessoas normais e sem graça que eu o vi pela primeira vez, confesso que o que mais me chamou atenção foi o seu rosto, mas depois, eu percebi o quão admirável -por dentro- era aquela pessoa, o quão nossas conversas rendiam, o quão nos entendíamos em nossos problemas e tristezas. Ele é fashion, inteligente, tem bom gosto, é um ótimo amigo e conselheiro e acima de tudo me entende sempre; Eu sei que se um dia não tivéssemos mais ninguém na vida, um restaria lá para ouvir o chorar do outro. É por esses e outros mil motivos que eu venho, por meio deste post, dizer o quanto eu prezo a sua amizade e admiro a pessoa que você é, Nagel, meu elfo. < 3
   

Platonismo

"E eu sei que ele é um rei
que merecia uma rainha
Mas eu não sou uma rainha
e ele não me vê.."
[Sarah Brightman] 

"   Quando nós brigamos ou infantilmente discutimos, mesmo que seja seu o erro, eu volto atrás e peço desculpas (muitas vezes por coisas que eu nem fiz). Unicamente porque sinto um enorme medo de perdê-lo, mesmo que tudo que eu possua sobre você seja amizade... " [Eu, desabafando]

"  És uma pessoa tão boa, com um coração culto e nobre. Um bom amigo, um bom ouvinte, com conteúdo, etc etc .. Porque alguém como você é triste e nao tem o amor de quem deseja? Eu não entendo... Às vezes acho que meu Deus é injusto demais" [Eu para J.C.Luan, no messenger]

"  Amor platônico só existe na imaginação de uma pessoa,e o outro nem desconfia q é amado.
Se vc está nessa situação,só temos uma coisa a dizer:não queríamos estar na sua pele." [Mensagem que veio no bombom Serenata de Amor]

"  Eu queria poder morrer toda vez que ver a ti declarando seu amor por ela. Sempre ela.." [Eu, desabafando]

"  Justamente por sua acepção homossexual, o Amor platônico foi compreendido como algo elevado, ligado à alma,pois não destinava-se a procriação, no romantismo, sinônimo do amor inatingível, do qual o amante teria a satisfação no espírito- o sentimento de amor, por si, já se basta." [Wikipédia sobre o amor platônico] 

"  Você nunca vai ser meu, assim como o amor em seu coração." 
Não há um dia em que eu não pense em você, N.C. >< 

 


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Deus, Tende Compaixão Pelos Que Choram

"Deus, ame e se importe com os que choram acima de todos os teus outros filhos de melhores condições, pois o carinho e complascência que lhes atribuo não seria dado de bom grado nem a um irmão"

terça-feira, 19 de abril de 2011

Eu perdi você por último

"Segurei pessoas entre os dedos, mas foi como se prendesse água. Eu as vi escapar dentre as minhas próprias mãos, e perdi você por último. Eu perdi você por último."

Olhando para o passado

"Volto para o passado o meu olhar
a cada dia retrógrado que observo havia um pouco mais de vida em mim,
eu definho um pouco mais a cada alvorecer macilento.
Olhando para o passado, como se começasse a ler um diário pela derradeira página,
percebo o quão sofridos foram meus sentimentos nos últimos anos
e sinto uma vontade estranha de abraçar meu eu-pretérito
e mentir dizendo "vai ficar tudo bem um dia".
Volto para o passado o meu olhar
e entendo que... eu nunca fui feliz. "

domingo, 17 de abril de 2011

Música Clássica

  Existe uma infinidade de canções muito belas, uma infinidade vozes melodiosas, óperas, etc, mas nem a mais formosa das vozes, nem a mais comovente das letras seria páril para a Música Clássica. Ela é o sentimento na sua mais sincera forma, como um puro diamante a cintilar na natureza sem ter sido lapidado ainda, sem ter passado pelas mãos do homem. Sim, para mim a Música Clássica é a forma primitiva do sentimendo, não há de haver nunca uma letra bem escrita o suficiente para complementá-la, nem que fosse um poema, e nem uma voz angelical o suficiente para entoá-la; a Música Clássica é naturalmente perfeita, fascinante, ela diz tudo sem carecer de sequer uma palavra. Duvidas? Pois escute Ouverture Suit Nº03 [Bach], por exempo, e me digas que aquela melodia não lhe desperta profundezas até na alma ?? Ou que a bela Movimento de Primavera [Alexandre Guerra] não lhe recorda algo do passado?? A Música Clássica é uma borboleta bailando pelos ares do campo, é uma manhã amarelo-rosada de primavera, é uma lágrima que escorre pelo rosto fenecido, é uma janela fechada no dia chuvoso, é um aperto de saudade ao olhar uma antiga fotografia, é um coração de vidro a estilhaçar-se pelo chão. Música em sua mais erudita forma, feita para ser apreciada não por qualquer um, mas por aquelas que compreendem e admiram a sua grandeza somente, as almas dotadas de sentimento e sensibilide.

sábado, 16 de abril de 2011

Você Quer Saber O Que Destruiu A Minha Vida ?

" Navegue em mares tortuosos de fúria na direção do ciclone e adentre a cratera do lúgubre oceano, observe, enfim, as paredes ocas que a água forma em torno de milhões de quilômetros de exílio. Não haverá ninguém lá, em nenhum desses quilômetros e o único som que se ouvirá será o eco desesperado da agonia crescente que emana do local, o soturno Oceano Interior, lar dos abismos da solidão extrema.

 Surge longínqua a miserável criatura das profundezas. Os olhos vazados, o coração exposto em um buraco aberto no corpo estilhaçado e ensanguentado. A pretitude esterna pareceu mais negra ao tocar de seus pés no solo infértil. Gutural e sombria, uma voz se fez ouvir daquela garganta cortada, e dizia infernal:
  
-Você quer saber o que destruiu a minha vida? 

 Ela trouxe para fora o coração ensanguentado, arrancando-o friamente com as próprias garras mal aparadas que usava para flagelar-se naquela imensidão obscura de tristeza e vazio. Passou as unhas em seu cerne e ele se abriu rapidamente, tão frágil que era; de dentro do coração tirou um par de olhos negros, talvez aqueles faltantes em seu semblante macambúzio. Exibiu-os, os três, perante a ti. A tristeza proveniente dos seus dedos podia ser pressentida no ar rarefeito e tóxico.

-Tudo aquilo que olhos meus presenciaram mortificados (exibiu o primeiro olho), Todas as lágrimas que olhos meus derramaram nas noites tortuosas e dias fenecidos de martírio (exibiu o segundo) E o amor icomensurável que para a eternidade guardarei corroente no peito (exibiu o coração).

 Suas mãos tremulavam como quem deseja cair pelo chão e desfazer-se em cacos de vidro. Essa sensação expandia-se por todo o resto dela. Guardou os órgãos anátemos e caminhou para perto de ti, estacou exatamente a sua frente. Seu rosto havia se libertado do ódio e tomara uma expressão entristecida, como um vulcão que após a lava jorra lutuosas cinzas.

-Você quer saber o que restou de mim?

  Por agora, pernas suas tremiam, não aguentavam o peso da própria existência miserável condenada ao exílio em mares depressivos de obscuridade.

-Tristeza (uma lágrima de sangue escorreu das crateras em seu rosto e pulsos), Vazio (um ventar gélido de desesperança e carência atravessou seu cadáver) e Solidão.

 Dessa vez nada precisou acontecer, era apenas olhar ao redor daquela criatura deplorável para entender do que suas trágicas palavras tratavam... " 

Ofensas

"Dizer que eu não sei o que é o amor é a pior ofensa que alguém poderia atirar contra mim. Só seria comparável, talvez, a dizer que eu não sei o que é a tristeza. "

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O que se passa em mim agora [cap. 02] -texto em prosa

" Naquele mundo de todos os dias -a realidade- não havia absolutamente nada que lhe bastasse, que lhe fosse suficiente para suprir as carências icomensuráveis que o mundo imaginário lhe acarretara ao redor de anos. Ela tinha quais mais amigos pudesse ter, assim como uma rainha tem a sua corte, porém sua falta não era de amizade, ela queria amor; o amor que só um rei poderia lhe dar, o amor de um amante que lhe olhasse como Richard Collier para com Elize MacQuena. Aquele que não mais abandonava seus adágios era um tal príncipe garboso, enregelado e fatal que, como sugerem as características, partiu seu coração gélida e silenciosamente. Ela o esperaria, dois mil anos nas sombras, talvez. A cada dia que se passava menos a realidade lhe interessava, tudo o que ela mais queria era permanecer absorta em seus devaneios alegres e inspiradores, mas que logo dissolviam-se em lágrimas, ela sofria. Sofria pelo acordar de desilusão e pelo dormir solitário, expremida no leito, para a amplitude de sua própria mortificação. Ela se sentia tão abraçada pela Solidão que qualquer pessoa a sorrir lhe causava vontade de chorar. Ela não tinha ninguém, ninguém que quisesse ter."

Lágrimas da Rainha

De que adianta ser rainha de um mundo em que tu não és o rei ?

"E pego nas mãos essa coroa tão baldia
Alegoria inútil desta hipocrisia criada
Em meu válido observar não há colorido, não há risada
E também não há de ver a ti chegando ao longe
Bradando pelo meu coração
Principe Enregelado, senhor dos bosques castos de desejo
Será que tu nunca irá gostar de mim ?" 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que se passa em mim agora [cap. 01] -texto em prosa

 " Acordara mais uma vez com aquela deprimente sensação que a persseguia faziam-se anos: eu não quero viver hoje; de uns meses para cá a realidade -que já nunca havia se apresentado bela para ela- vinha se tornando cada vez mais insustentável, como se todo o chão ao seus pés houvesse sido retirado e ela, cada vez mais aturdida, sem saber aonde pisar, sem a mínima idéia de para onde ir. Havia uma genuína agonia debatendo-se loucamente nas paredes do seu interior, também uma feria incicatrizada jorrando jarros de sangue da sua alma. Seu coração muito ferido e fragilizado se tornara uma presa indefesa tal como uma ave machucada arrastando-se silenciosa e solitária pelo sertão estéril. Pela primeira vez, aquela pobre menina que tinha milhares de amigos, mas pouquíssimos que apreciava de fato, percebeu que não havia ninguém -nenhuma pessoa, qualquer que fosse- amando o seu coração de volta. Ela amava, com todas as martirizadas forças que restavam ao seu espírito cansado de tanto sofrimento e lágrimas, porém, não era correspondida em praticamente nenhum aspecto por aqueles que lhe tiraram a paz, o sono, a sanidade e a vida."

Continua. 

Quando penso em alguém só penso em você


Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem

[Cássia Eller] 

Talvez eu nunca possa dizer isto a ti,
mas a verdade é que esses poucos meses que te conheci
foram suficientes para deixa-lo marcado em mim.
Quando eu estava completamente sozinha e frágil
você apareceu e me fez sorrir
você deu ao meu coração algo que ele
nem lembrava mais que podia sentir..
De um tempo para cá
não há um dia em que eu não pense em você
que eu não pense em poder toca-lo
que eu não pense em poder chamar-lhe por meu
Tudo o que eu mais quero agora é ouvir você dizer
que ama a mim
Talvez eu nunca possa dizer isto a ti,
mas a verdade é que eu acho que estou gostando mesmo de você.. 
 
  "Não há um dia em que eu não pense em você. "
[Sarah Brightman] 
 

domingo, 10 de abril de 2011

Para Adriana D'Almeida

 
 "Mas eu estarei com você onde quer que você vá
Assim você nunca estará sozinha
"
[Sarah Brightman]

    Para alguém que olha de fora, podemos parecer iguais; meninas de preto ouvindo rock. Mas só nós sabemos o quão somos completamente diferentes, antíteses perfeitas! E, exatamente por isso, nós nos completamos na nossa amizade doida como ying e yang ou bife e batatas fritas *-*. eu sou obcecada pela minha aparência, ela não liga pro exterior. eu só reparo na beleza de um menino, ela só repara no coração e no cérebro dele. eu sou mimada e quero tudo que não posso ter, ela é muito feliz com o que tem. eu me preocupo com o que os outros vão pensar, ela anda de mão suspensa em círculos pela quadra [kkk]. eu passo maquiagem demais e penso em cirurgias plásticas, ela vê beleza no natural. eu finjo simpatia com pessoas que não gosto por educação, ela demonstra tudo o que sente. eu adoro música erudita e cantores de ópera, ela ouve bandas de metal melódico no mp4. eu gosto de mostrar meu estilo pra todo mundo usando adereços e roupas legais, ela não precisa provar nada a ninguém. eu sou uma criança chorando com medo no escuro, ela é uma mãe vindo com uma lanterna nas mãos. 
    Tenho vários amigos que conheço há 4,5,6 anos e que talvez nunca tenham sido pra mim o que a Drica foi em apenas um ano e alguns meses. Eu nunca vou esquecer quando eu mudei de colégio e a única pessoa que veio falar comigo e me oferecer companhia foi uma menina gótica de cabelos longos e cacheados, bonita e com sombra azul nos olhos. Eu gosto dela até hoje, do jeito que ela é; assim mesmo maluquinha, odiando tudo e todos ao seu redor, falando mal da sociedade, sem obcessões pelo exterior, andando de mão suspensa na quadra, brincando de tarar mulher no colégio [kkkk] Ela me conhece, mesmo eu sendo tão fechada, ela poderia me descrever [e descreveu no meu perfil do orkut, rs] porque ela repara coisas em mim que talvez nem eu soubesse.. eu também poderia descrevê-la s2 [e descrevi..] *Uma pequena prévia: ela é alegre, alto-astral, simpática e doce com quem ela quer, surtada, atenciosa, observadora, amiga, sincera, confiável, fiel e muitos outros atributos.. rsrs*  Ela é praticamente o meu contrário em diversos aspectos, mas eu não mudaria nada nela. Sabe porque? Porque se eu a chamo de amiga hoje, é porque eu gostei dela exatamente como ela é. s2

terça-feira, 5 de abril de 2011

Outono No Rio de Janeiro


   Eu estava prestando atenção nas coisas ao meu redor, talvez eu nunca houvesse percebido a beleza do lugar onde eu moro, o Rio de Janeiro; principalmente no outono/inverno. Se você reparar nos menores detalhes, como centenas de folhas amareladas pelo chão do Méier, ou aquele ventinho que força todas as árvores da Lagoa Rodrigo de Freitas (e os guarda-chuvas também) para a esquerda [foto], o céu enevoado, mas mesmo assim permitindo o quentinho do sol.. encantadores detalhes! Porém venho ressaltar a chuva, aquela leve chuvinha incessante com a qual nos deparamos praticamente todos os dias de outono. Ela é bem fraca, às vezes nem precisa usar guarda-chuva, mas está sempre ali, de manhã até a noite, inexorável. Aqui, os pássaros sempre cantam quando chove e o céu fica cinzento na medida certa: sisuto, porém não funéreo nem pavoroso. Tudo isso me soa como Distimia, aquela doença poética que se aproxima da depressão.. Metaforicamente, depressão é uma tempestade negra e avassaladora, às vezes uma tsunami, já a Distimia é uma chuva outonal carioca: aquela tristeza leve e eterna, que às vezes também pode estourar uma tempestade, mas depois retorna ao estado normal, a chuvinha leve que nunca pára; Este último estado "leve e eterna chuva outonal" é o que eu chamo de estar normal. Estar passando por um período normal é bom, só perde para aqueles dias de sínica alegria.. Aconteceram muitas coisas ruins recentemente, eu estive deprimida e distante por muitos dias e hoje acordei me sentindo normal, como se aquela tempestade houvesse passado. Essa sensação de abrir os olhos pela manhã e não desejar não ter acordado é revigorante, tal como respirar o ar fresco de Petrópolis. Eu não estou bem, talvez nem chegue perto disso, mas já me conformei com as coisas que aconteceram, é como se recuperar e prosseguir andando torto após um tombo feio ou se conformar com a morte de um ente querido após meses de exaustivas lágrimas. Eu estou aqui, conformada e repleta de cicatrizes, porém eu estou aqui; como uma chuva de outono no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mãe, quebraram meu coração

mas você não pode ver,
  porque está ocupada demais
brigando comigo.

sábado, 2 de abril de 2011

Eterna será a Solidão

  A solidão é um monstro invisível que, controversamente, será a única coisa neste mundo que estará sempre ao seu lado. Ela é um porto seguro, uma verdadeira moradia, para onde você regressará após cada fracassada jornada. Porque a alegria passa, porém eterna será a Solidão.
Maldito sejas!

empíreo de sostézio.

 


  Quando Sostézio enfim alcançou o empíreo e observou desinteressado aquele tapete celestial de nuvens brilhantes não se sentiu nem um pouco encantado. Nem a melodia da harpa dos anjos, muito menos as pombras brancas angelicais a voar em plenitude o comoveram, nada de belo -neste mundo ou no próximo- seria notado com graça pelos seus "olhos" arrancados à soturna própria força. Sostézio não enxergava nada além de solidão e trevas, aquela planície brilhante não lhe pareceu nada mais do que um exílio iluminado. E a luz lhe lembrava a Fada, e a Fada lhe doía o coração. Talvez, pensou ele, seu erro fosse não ter arrancado também este...

   Sostézio era uma alma arruinada, qualquer divina misericórdia não lhe concertaria o espírito, não lhe confortaria a dor. Ele se atirou do empíreo para a escuridão dos abismos para sofrer com as outras almas que só faziam chorar... 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lascia Ch'io Pianga


"Deixe-me chorar pelo meu destino cruel,
E porque eu desejo liberdade!
E porque eu desejo, e porque eu desejo liberdade
Deixe-me lamentar o meu destino cruel
E porque eu desejo liberdade!"
[Sarah Brightman]

é como se eu não existisse. [contém frase polêmica]

 Não há outro momento em que eu me sinta tão miserável como quando me tranco no banheiro no meio do dia e, ainda vestida, choro silenciosamente sentada no chão, a água me lamuriando a cabeça. É como se eu não fosse mais uma menina de quinze anos, vida confortável, família, amigos e estudo, é como se eu nem fosse mais um ser humano: é como se eu não existisse.
  Um dia eu queria dormir depois de chorar [assim termino quase todas as minhas noites..] e não voltar a acordar com o despertador para a escola. Queria permanecer num sonho bonito, ou num pesadelo [que se dane] ou simplesmente deixar de existir, virar pó e que todas as minhas angústias fossem esquecidas para sempre e não restasse nem vestígios de mim. Queria não mais ter que esconder o choro a qualquer hora do dia, queria não mais ter que responder quando alguém me pergunta 'tudo bem' [pergunta que mais odeio na vida], queria não sentir mais essa agonia interior se debatendo feito louca dentro de mim, queria não mais sentir vontade de abraçar os fantasmas inanimados dos meus sonhos, queria não ter que guardar uma faca na gaveta para me flagelar nas crises de ansiedade e surtos de depressão, queria não invejar os casais na rua, queria não mais ter que discutir com minha mãe todos os dias, queria não ter mais que ver meus amigos, queria não mais viver.
  Porque por dentro eu sou apenas um abismo escuro de Solidão, Tristeza e Vazio que sente como se pudesse viver uma vida humana inteira e jamais seria feliz.. Uma imensidão de amor, medo e agonia que já até desistiu de si mesma. Eu desisti de mim mesma. Meus sentires não cabem mais dentro de mim e, nesta hora [oh! nesta hora!!] pessoas que eu queria por perto [e comigo] me deixam, me trocam.. De todas as angústias que carrego comigo, a Solidão de longe é a que mais me assusta, mais me abala e justamente essa é a minha condição agora e sempre.  

"Eu toco meu corpo e é como se os dedos me atravessassem como a um fantasma, 
É como se eu não existisse."