sexta-feira, 29 de março de 2013
Brinde ao acaso/destino
Nunca vou entender, nem nenhum de nós,
como o destino (ou o acaso) gira suas engrenagens
Eu só sei, e todos deveriam também,
que vai sair ago maravilhoso.
"Quem acredita sempre alcança"
[Legião Urbana]
Mais Uma Gota de Veneno
Eu queria ser um veneno em suas mãos. Disfarçado de um belo vinho escuro. Queria que você entornasse o frasco e se intoxicasse. Queria que você sentisse o ácido correr em suas veias, o féu destruir seus órgãos. Principalmente, o coração. Eu queria esmagar seu coração. Eu queria mesmo ser um veneno em suas mãos. Queria ver você soluçar e tremer, ver você morrer. Intoxicado por mim, apaixonado.
Apenas Mais Um Livro
Eu não queria ser um livro em sua mão. Eu não queria que você me comprasse pela capa, começasse a ler com entusiasmo e depois definhasse as últimas páginas. Mal se lembrando da história, mal vendo a hora de termina-lo e ler um outro. Eu definitivamente não queria ser um livro em sua mão. Eu não queria que você me fechasse e guardasse no alto de uma estante empoeirada.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Um Mundo de Sonhos
Eu vou criar um mundo de cores
aonde tudo reluz e é ouro
Aonde as árvores dançam
aonde o vento canta
e sopra, gentil, o nome
dos enamorados
Eu vou criar um mundo de luzes
aonde tudo que é bom
dura muito
Aonde o capim é verde-limão
aonde os frutos são doces
e desmancham, deliciosos, na boca
dos bem aventurados
Eu vou criar um mundo de amores
aonde as mais belas flores
não tem espinhos
Aonde as colinas tem cumes de neve
aonde o céu tem milhões de estrelas
e galáxias, e cometas
Aonde eu possa encontrar
minha tão sonhada
Felicidade
Parte de nós
Se me disserem, nem precisariam ser fontes confiáveis, que ainda existe um pingo de amor no mundo, eu deixaria tudo e qualquer coisa e correria atrás dele. Eu o encontraria estivesse onde estivesse. Eu desbravaria os desertos intermináveis, eu enfrentaria os mais vastos oceanos, eu procuraria em meu coração. Embora mais simples fosse se estivesse nos desertos, montanhas e mares. As melhores coisas do mundo, todas, se encontram dentro de nós. E nem o mais escuro e profundo abismo é de tão difícil acesso.........
"Um dia, você terá amor suficiente em si mesma
para amar o mundo inteiro"
[Comer, Rezar, Amar]
I'll do my crying in the rain
Eu nunca tive medo da chuva, eu nunca evitei me molhar. Simplesmente prossigo o que já estava fazendo e o faço embaixo da chuva, sim, eu deixo ela cair como bem quer sobre meu rosto e ombros, encharcar meus sapatos, grudar minha roupa. Eu adoro a água e, vinda de bom grado do céu, parece um presente. Não entendo o pavor que a maioria das pessoas tem pela chuva; é algo natural e lindo, teme-la é como fugir do sol, das árvores, do ar. E então perdem uma alegria que só as nuvens tempestuosas podem oferecer: dançar na chuva, no bom estilo filme antigo, e chutar poças d'água. Deixar aquelas gotas de Deus caírem por seu rosto e levar embora, para os bueiros, toda a frustração, todos os problemas. Morten Harket (o ilustre vocalista do A-Ha), me ensinou através de sua mais bela canção que a chuva pode ser um aliado formidável quando a tristeza não couber mais no peito. E chorou na chuva, no meio da rua, inconsolável, e ninguém podia distinguir suas lágrimas das gotas de chuva. Seu orgulho intacto, seu coração, descarregado. E, embora a tristeza ainda estivesse lá, se tornara suportável.
" Eu jamais deixarei você perceber a forma como meu coração partido está latejando. Eu tenho meu orgulho e sei como esconder toda a tristeza e dor: eu vou chorar na chuva. Se eu esperar pelos céus tempestuosos, você jamais distinguirá a chuva das lágrimas em meu rosto. Você jamais saberá que eu ainda te amo tanto e, embora os desgostos permaneçam eu vou chorar na chuva.." [A-Ha]
sábado, 23 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
Até a morte
Tenha um coração para ser atingido por uma bala
tenha um coração para parar em um dia qualquer
Mas não tenha um coração para amar
porque, se tiver, você vai sofrer até a morte.
Eu queria ser Davy Jones,
pra arrancar meu coração
e guardar em um baú
longe de mim.
Felicidade.
Eu daria tudo que eu tenho na vida
em troca de felicidade
Porque sem esta, ah meu amigo..
não há vida.
em troca de felicidade
Porque sem esta, ah meu amigo..
não há vida.
domingo, 3 de março de 2013
The Hunter
I'm going hunt,
I am the Hunter. "
[30 Seconds To Mars]
I am the Hunter. "
[30 Seconds To Mars]
Então o tigre se escondeu até se tornar invisível entre as folhagens. As orelhas abaixadas e os olhos tão abertos e atentos que chegavam a lacrimejar. Fixos na presa. Ela se encontrava a uns quatro metros, não longe nem tão perto. Ela era grande e não andava sozinha, por isso o tigre sabia que não poderia ataca-la de imediato. Ele teria de esperar o momento certo, aqueles milésimos de segundo em que poderia correr e agarrar sua jugular. Esperar, uma estratégia infalível que requeria paciência. O sangue pulsava mais rápido e quente, o coração estalava quase audível, o ar entrava lascinante em seus pulmões. Em sua mente, uma imagem fixa e imperturbável, em sua boca, uma espuma desesperada e o gosto do sangue do inimigo, em suas patas, o comichão da ansiedade. Então, o caçador atacou. O sangue nos olhos, o voraz nas patas.
O Pássaro Azul
Porque em um dia, em um mísero dia
tudo vai dar certo.
" Atrás de uma floresta, em uma cabana isolada do mundo, vivia um caçador. Era astuto e voraz, jamais errara um alvo. Por isso, a parede da sala era ornada de cabeças empalhadas; alces, veados, pumas. Ele se orgulhava de exibi-las como troféus de sua bravura, recompensas por seus sacrificados esforços. Porém havia um animal que, há muito, o caçador mirava com sua espingarda, embora jamais tenha conseguido apanhar. Não era um animal imenso e amedrontador, nem tampouco sanguinário e perigoso. Pelo contrário, era pequenino e inofensivo. Porém, veloz. Tratava-se de uma espécie raríssima e em extinção, um passarinho azul, o último da espécie Felicidade. Todos os dias, no mesmo horário, o pássaro parava no beiral da janela do caçador e este tentava mirá-lo. Mas, na hora do tiro, o pássaro já havia ido embora. O caçador se tornava cada vez mais deprimido, o orgulho ferido. Já tentou procurá-lo pela floresta, nas árvores, nos arbustos, nada. Era como se o pássaro se escondesse até do mundo. Mas, na mesma hora, estaria lá no peitoril da janela.
Um dia, muito cansado e abatido, o caçador partiu sua espingarda em duas e jogou-a fora. "Eu jamais pegarei esse pássaro", disse a si mesmo e deitou-se na cama para dormir. Poucas horas depois, foi acordado por um som baixo e agudo, quase como piares de ave. Seria possível? Abriu os olhos vagaroso e se deparou com a cena mais emocionante de sua vida: o pequenino pássaro azul pousado em sua testa, olhando-o curioso de cima. Estendeu a mão com cuidado e tocou o animal, que permitiu. Conseguiu segurá-lo e acaricia-lo, não tinha vontade de prendê-lo, muito menos de matá-lo. Então o caçador soube que jamais esqueceria o dia em que pegou nas mãos um pássaro chamado Felicidade."
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