quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Inveja

"Eu tenho inveja do sol que pode te aquecer,
eu tenho inveja do vento que te toca,
tenho ciúmes de quem pode amar você,
quem pode ter você pra sempre... "
 /Sandy e Junior.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A casa da tristeza

  É preciso muito para me alegrar e quase um estalar de dedos para me entristecer. Sinto-me tão frágil que é como se qualquer vento pudesse me partir. Tem dias em que eu simplesmente acordo sorrindo, com bons pensamentos sobre o mundo e o amor e é como se pássaros cantassem por todas as partes, porém logo algo destroi essa alegria por inteiro e a transforma em chamas e escuridão. A tristeza é tão pesada e avassaladora que quase posso sentir sua presença -sólida- aqui, quase posso toca-la. é como se ela me abraçasse em seu negro ventre soturno e cuidasse de mim como a um filho, impedindo qualquer outro sentimento de permanecer. A tristeza é como se fosse sua casa, por mais que se "passeie" e experimente um pouco de ar fresco, é sempre para ela que você retorna. Eu não digo mais que estou triste ou chateada, e sim que SOU essas coisas, o "hóspede" dentro de mim é a alegria, sentimento que de vez em quando faz breves visitas, mas logo se esvai.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sobre a lua que brilha no céu

"Meu coração é como a lua
que vasculha incansável pelos céus com sua pálida luz
em busca de seu amor perdido.
Tão distante quanto lágrimas de mil estrelas
morrendo em algum lugar do espaço."

de um dos meus poemas,
ou seja, parte de mim.

O Reflexo


Eram quase 3h da manhã quando eu resolvi me arrumar para dormir, mas quando olhei no espelho, não foi meu rosto juvenil o que vi e sim o retrato cansado e trágico de meu interior: minha própria face, meu próprio corpo, porém destruídos. Minhas órbitas estavam vazias e negras, os olhos haviam sido arrancados à força para tentar aliviar a dor de "certas visões perturbadoras", a pele era cinza-azulada e machucada, o cabelo sem nenhum brilho e as roupas em trapos de tantos e tantos surtos de raiva e tristeza. Só havia vazio naquele olhar, tristeza naqueles lábios, solidão naquela aura e, principalmente, rios e rios de intenso amor naquele coração. Foi quando percebi que aquilo que eu via não era apenas como me sentia, e sim, minha verdadeira e definitiva imagem, a bonitinha que vejo habitualmente é a falsa, impostora. Eu queria ser uma flor só para poder murchar de amor.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Distimia -poema.



Uma janela mostra o céu, sépia como passado e saudade.
Invenções de minha própria mente são tão reais
que podem me machucar de verdade; alma marcada de sangue.
Sorrisos escondem inexplicáveis lágrimas
que o coração, já sem defesas, foi incapaz de conter.
Ele sente falta de um pedaço do qual nunca tivera,
mas sabe, quase exatamente, como se encaixa e costura.

Solitário negro, triste azul, vazio branco,
sou tudo que há dentro do meu coração.

Eu preciso de ti como jamais precisei antes de alguém,
isso é o que de mais verdadeiro presenciei.
Eu preciso do seu amor, como nunca recebera de volta.
Vivendo e morrendo um romance dos sonhos,
isso é tudo a me fazer continuar.
Mas e se eu morrer esperando?
Mas e se eu morrer sem?

Eu ainda não encontrei uma felicidade para hoje. 

*Magnífica foto montagem feita pelo Web Designer Pedro ;*

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sostezio, o refúgio da alma.

Em perfeita insanidade eu me despeço da realidade, da inteligência e da sociedade, irei para um planeta novo que descobri na próxima galáxia, se chama Sostezio e, por hora, é desabitado. É um lugar bonito apenas para consegue ver beleza na escuridão e na decadência e sentir doçura na desolação, um poeta dístimico, por exemplo.Sostezio pode não ser um mar de maravilhas à primeira vista, mas experimente tentar sentir a dor que se passa em cada galhozinho daquelas árvores secas, cada gota de tristeza nos rios de turvas águas, o pesar na neblina.. é mágico *.* Não é preciso fazer malas, pois vc não precisará de nada lá, não é preciso comer, pois lá você não existe, não tem nem forças pra se locomover.. Você se torna uma pessoa-árvore fincada à terra extéril e fica remoendo na solidão todas as suas amarguras até o fim da eternidade.. lá você pode chorar todas as lágrimas que puder chorar e fazer um rio negro inteiro delas! você é livre para se martirizar o quanto quiser, colocar tudo pra fora [pois é de sua tristeza que as secas árvores se alimentam..].
Acima de Sostezio, já fora de sua órbita, paira bela e luminosa uma pura luz rosa-amarelada que lembra o céu de manhã, é a coisa mais bela que qualquer olho já viu, e ela paira fora de Sostezio justamente porque ela é a única coisa que o planetinha jamais terá: ela é a Felicidade.