Através das cortinas pesadas e das janelas escuras por onde a luz não passa, eu ainda me vejo naquela sacada, numa noite estrelada, conjurando a lua - assim como fez a cigana na floresta escura* - e chorando, suplicando pela paixão ardente, o amor de seu amado. Permaneço submersa nessa solidão inerte, absorta em devaneios improváveis. Eu não estou viva. Tanto tempo se passou e eu ainda aqui, nessa mesma sacada numa noite estrelada, pedindo a Deus por um amor ou uma nova alegria na manhã que se erguerá. Vindouras alegrias.. céleres fleumas tão desastrosas quanto breves. Eu não estou viva. E o seu fantasma ainda vaga pelos meus pensamentos e seu olhar ainda assombra meu coração, numa noite estrelada..
* Referente à antiga canção Hijo de La Luna.
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