terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nas águas escuras do medo


O adiante é nebuloso, não necessariamente escuro, mas uma visão pessimista do futuro. Meus olhos mal conseguem espirar atrás da névoa espessa. Sinto dúvidas. Antes eu sabia, tinha o total conhecimento das minhas decisões, mesmo que jamais tivesse controlado um impulso; Hoje a neblina lúgubre da dúvida me consome o cerne e, mais uma vez, consigo discernir a face turva da solidão entre os vapores, sua soturna presença entre a escuridão. Ela sempre me encontra, não importa o quão mais eu corra, o quão distante e escondida entre a multidão. Ela me encontra pelo faro. E, mais uma vez deparada com sua presença espectral, mergulho num mar profundo de incertezas, dúvidas e arrependimento, nas águas escuras do medo.

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