sábado, 17 de dezembro de 2011

Tão longe de casa...


Tão longe de casa
eu tenho andado rente à linha
que a luz traça ao lado da sombra
Deparando-me eventualmente
com buracos e rochedos gigantescos
que tive de contornar e escalar
às próprias mãos nuas a sangrar
Eu não desisti
quando o medo aturdiu-me o espírito
Eu não chorei
quando o arrependimento dilacerou-me o coração
Eu não parei
quando pensei ter perdido tudo
Se tenho assim sobrevivido até agora
por qual razão eu voltaria para casa?

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