segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Amanhã -2.


   Então acaba, ateia fogo a si mesmo, como faria uma fênix vermelha. E então, jamais existiu. A partir de agora é um completo estranho, desconhecido. ": Assim terminam todos os meus pequenos sonhos. Nascem de alguma ideia precoce que logo toma a forma de um singelo almejar (que cresce a proporções variadas). Não é preciso nenhuma ação ou dificuldade para que surjam; simplesmente brotam aos montes, em qualquer esquina, em qualquer chance. Muitas vezes uma chance inexistente que eu forcei meus olhos a ver, minha mente a criar. Tomado eu conhecimento do pequeno sonho este é tratado como um animal doméstico: é alimentado (com qualquer tipo de esperança), cresce, torna-se um acalento para o coração. Logo, este pequeno sonho é o ar que - enquanto perdurar- eu respiro. Então, acaba.
   Não dói quando termina, não é triste de fato. O que, honestamente, traz solidão é o tempo de espera que leva até que brote um novo. E assim eu vou vivendo: ocupando minha mente e coração com pequenos almejares (para que não se sinta vazio..). É como dar a alguém que passa fome um pão por dia; ele continua faminto e miserável, mas tem o que se manter o resto do dia. Supondo que ele coma o pão em pedaços ao longo do dia, chegará um período - a noite - em que o pão de fato acabará. E, até que chegue a manhã seguinte, e ele ganhe um novo, sentirá fome. Pois, jamais saciou sua fome inicial, apenas.. disfarçou-a. Isso não é vida.

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