Acreditam os sábios que nossas ações, por menos importância que atribuírmos-nas, impregnam-se em nosso cerne como uma coleção de medalhas ou cicatrizes. O que surte efeito em nossa alma, que nasce pura e cristalina, mas vai-se corroendo à medida que descobrimos o prazer viciante do pecado. Vamos imaginar como se nossa alma fosse um retrato à semelhança de nossa imagem e a cada pequena monstruosidade, indelicadeza, maldade ou maculidade que praticamos e pensamos, nosso retrato eu do retrato ganhe uma ferida na pele macia, uma gota de sangue impuro na roupa bem passada. Alguns ainda conservam belos retratos, outros guardam verdadeiros cadáveres em decomposição. Mas o nosso retrato nem eu, nem mesmo você pode conferir, .. apenas escolher como deixá-lo.
Mas como viver de virtudes,
se o pecado é um deleite para a alma ?
[Inspirado em "O Retrato de Dorian Gray"]
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