" Rugia por cima das pedras como um leão viril. Em seus olhos queimava uma chama tão vivaz, que muitos diziam ter sido emprestada pelo próprio sol, labaredas de puro ódio imortal. E o ódio era o seu ópio. Espetáculos de guerra, sofrimento e genocídio pairavam em sua mente como as paredes de um redemoinho e tudo que ele exergava continha um traço vermelho de sangue. O sangue do inimigo; sangue este que ele ainda não possuia manchando sua espada, mas que buscaria avidamente até o último dos seus dias. Ele era Ares, o Guerreiro, a Morte no campo de batalha."
" O mar penetrou suas veias e, de repente, cada uma de suas células continha um traço das ondas sombrias. Até o azul de seus olhos tremulou como marés em fúria. Sentiu a força ungir seus músculos, provou nos lábios o gosto do sal. E seus cabelos agora eram uma breve espuma do chocar das águas. Já diziam os marinheiros, ' Não tocais o mar em dias da ira de Poseidon'. E muito bem conheciam os marinheiros este fato; pois o deus azul, em seus momentos de fúria, convocava dois terços do planeta em uma odisséia de caos, criando tempestades e maremotos que até mesmo os outros deuses evitam enfrentar. Afinal, quem poderia contra o mar?"
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