Eu tenho mentido a mim mesma, dizendo estar tranquila, às vezes até dizer que estou bem [até parece!] Mas na verdade, é uma tranquilidade cínica, tão fina quanto uma teia de aranha balançando no vento, e eu sei que toda a escuridão ainda está ali embaixo -gritando- consumindo-me como os vermes de um cadáver. Sempre estive afundando em um abismo imaginário, mas agora é como se, enfim, estivesse perto do chão. Eu nunca cogitei a ideia de morrer, até hoje não sei se teria coragem [afinal, isso inclui -além do alívio- desistir de tudo, deixar as pessoas, e.. morrer!] mas de uns dias para cá suicídio tem sido um pensamento constante. Não penso em me matar agora, mas penso em suicidio, apenas isso. Agora eu sei que estou perto do fim do abismo.
Têm me acontecido algumas coisas alegres, tenho tido algumas razões para sorrir.. porém persiste aquela escuridão interior me arrastando pelos pés; nem mesmo minha música predileta [que sempe me alegrava] está sendo forte o suficiente para me acalmar, estou me sentindo muito agoniada por dentro [uma mistura de ansiosidade, desespero e medo] Estou morrendo de medo, de tudo. Medo do dia de amanhã, medo de perder minha sanidade. Sanidade, um assunto que está me preocupando deveras. Sinto que a estou perdendo gradativamente, tendo comportamentos atípicos, ouvindo coisas, pensando em coisas obscuras demais, tomada por sentimentos ruins. Eu quero gritar, quero silenciar-me, quero sangrar e tirar sangue de alguém, quero paz e ao mesmo tempo sofrer por puro ódio a mim mesma.
Não há mais nada que me alegre. Eu sempre inventarei uma 'sujeira' em tudo que for bom. [se você diz que me ama, eu duvidarei. se você diz que fala a verdade, algo em mim continuará vendo mentira] Estou tão agoniada -guardando ódio guradando ódio- meu lado emocional está deixando de ser abstrato, pois começo a sentir a agonia como se ela estivesse se debatendo dentro de mim. É sólido.
Não há mais salvação, eu estou perto do fim do abismo.
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