Fazem alguns dias, quinze no máximo, se não me engano, que venho reparando em minha situação emocional que, por todo este período citado, resoulveu firmar-se: assustadoramente tranquila. [Metaforicamente: se eu fosse uma pessoa escondendo-se do perigo na proteção de uma casa, estaria agora pondo um pano sobre todas as janelas e esquecendo superficialmente do perigo. Superficialmente, pois saberia que ainda está lá fora, mas eu estaria o evitando ao máximo, não olhando diretamente pra ele.] Não é que eu esteja bem, só estou acima de normal; é como se estivesse em célere fleuma, tempos de calmaria. É deveras agradável passar um dia inteiro sem sentir aquela vontade incontrolável de chorar, pondo um pano branco por sob todas as frustrações e fingindo que elas não estão ali, esquecendo que eu estou sozinha.. Tudo isso é uma alegria falsa, uma máscara. Mas é a minha única alternativa [ou isso ou consumir-me em angústias], para alguém que definitivamente não conhece a Felicidade, uma falsa aegria por um período razoável é muito mais do que bom, é revigorante; e ajuda a continuar. É bom eu não falar dessas coisas, não posso esquecer que estou tentando não pensar em solidão, tristeza e vazio agora. Encherei minha mente com livros, conversas inúteis na madrugada, poemas e flertes e tudo ficará bem. ficará bem...
Porém de verdade, jamais conseguirei enganar-me por completo, eu sei que estou sozinha e que todas essas máscaras foram feitas por mim só para tapear a tristeza. Eu sou uma pobre infeliz, mesmo com tudo e todos o que tenho. Se eu tivesse uma fonte dos desejos eu fecharia meus olhos e cruzaria os dedos com toda a força, o coração quase doendo de esperança, Eu pediria para ser feliz. Mas feliz de verdade, não Felicidade criada...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse-se.