quarta-feira, 9 de março de 2011

Mãe, *postagem polêmica*

São nesses momentos sombrios que eu queria tanto ter um relacionamento melhor, mais próximo, com minha mãe, poder pedir um abraço e dizer sem medo: "-Mãe, quer saber uma coisa sobre mim? Fui eu que fiz aquelas marcas no meu braço que eu te disse que foi o cachorro que fez, e nem sinto mais dor de tão acostumada que eu estou de me auto-flagelar, fui eu mesma que estourei aquela veia com um punhal japonês e não "um ferro que encostei sem querer", eu tenho depressão desde os onze anos, quando eu perdi um melhor amigo que se suicidou com um facão no pescoço, eu nunca falo dele pra ninguém, coisas ruins me acontecem  sempre -repito: sempre- e várias vezes eu quis fazer que nem ele, me matar. Eu posso parecer seca e rude, mas sou tão frágil que passo quase todas as noites chorando no meu quarto, sou uma pessoa extremamente triste, morro de medo do dia de amanhã, mas o meu maior e mais incondicional medo é a solidão. Ela me destrói todos os dias, mesmo eu tendo muitos amigos. Eu faço coisas terríveis comigo mesma quando estou deprimida, coisas que ninguém sabe. Eu passo minutos inteiros olhando para linha de trem que tem no caminho do meu curso no Méier, eu passo por ela em cima de um viaduto e isso aguça a parte mais obscura da minha imaginação. Mãe, eu sempre quis te dizer isso tudo.. bem, *isso* sou eu."

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